“Qualidade de vida” - Um direito de todos

Um tema atual, e que merece um enfoque mais aprofundado, a tão almejada qualidade de vida, é uma condição que abriga muitos conceitos, mas que na verdade pouco tem possibilidade de acesso.

   Então, o que podemos considerar como qualidade de vida?; Ela é a mesma para todas as pessoas, podendo ser rotulada com extremos, como boa ou má?.

   Dentro da bioética, entende-se que qualidade de vida, seja algo intrínseco, onde apenas o sujeito pode fazer a devida avaliação, priorizando-se a subjetividade. Portanto, para uma maior compreensão, deve-se observar também o conceito de realidade, já que segundo Jung, o sujeito considera como realidade apenas aquilo que age sobre ele.

   Além de ser um tema complexo e pouco esmiuçado, nos últimos anos, houve a difusão de várias outras terminologias correlatas, agravando ainda mais a capacidade de entendimento. Ao invés de considerar o Homem como uma unidade sócio-psicossomática, priorizando o enfoque holístico, existe uma tendência de fragmentar esta unidade, como se fosse mais fácil assim o estudo.

   Qualidade de vida no trabalho (QVT) e Qualidade de Vida nas cidades (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM), são conceitos criados, pelo fato da saúde pública necessitar de indicadores para a elaboração de suas políticas, mas que não necessariamente refletem a realidade, podendo ocorrer certas discrepâncias, como no último ranking de qualidade de vida municipal elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

   Foi constatado que de 1991 a 2000 a distribuição de renda piorou em dois terços dos municípios brasileiros, mesmo assim, a qualidade de vida medida pelo IDHM melhorou em 99,9% dos municípios.

   O fato é que este índice baseia-se além da renda, na educação e expectativa de vida, ou seja, havendo um grande crescimento em um destes componentes, o índice apresenta-se como favorável no todo.

   Deixando os índices à parte, cabe ressaltar que, o melhoramento da qualidade de vida, “aspiração básica para a humanidade”, depende de uma ação conjunta de esforços dos governantes e da comunidade, mudando paradigmas, para permitir, o que na verdade todos tem direito, ou seja, uma Vida com Qualidade.

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